A Associação Meditar é uma sociedade civil com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, não religiosa ou doutrinária. O primeiro núcleo surgiu em Porto Alegre-RS, e, atualmente, possui núcleos nas cidades de Santa Cruz do Sul, Lajeado, Novo Hambugo, Santa Maria, São Francisco de Paula, Capão da Canoa, Florianópolis, Chapecó e Cuiabá.

A Associação Meditar se propõe a: Difundir a prática da meditação; Congregar os praticantes da meditação; Coletar e divulgar os benefícios à saúde física e mental promovidos pela prática adequada da meditação; Criar, apoiar e promover a difusão de locais adequados para a prática de meditação (Núcleo ou Centros Meditar) no Brasil e no exterior; inclusive, com sedes rurais para abrigar seus membros em vida comunitária voltada à meditação, ao estudo, ao trabalho natural na terra, à contemplação da natureza.

Dedica-se a orientar a iniciação e o desenvolvimento das pessoas (empresa, escolas, associações) na meditação de forma clara, simples, objetiva e segura; Promover cursos, palestras, workshops, retiros e atividades voltadas à prática da meditação; Incentivar e promover a atitude mediativa, altruísta e pacífica, que implique na paz interna e externa, na não-violência, no respeito pela natureza, alimentação natural, bons valores humanos, no conhecimento e na sabedoria.

A Associação Meditar de Cuiabá se reúne sempre aos Sábados, às 08h00, no Espaço Ligia Prieto. Endereço: Rua Min.João Alberto, 137 – Araés - Cuiabá. Informações pelo tel. (65)3052-6634.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quando a vida se torna oração


Texto de Shinkai

Depois de alguns anos de vai não vai, este ano finalmente fui com Coen Sensei e monge Yuho para o retiro de Nazaré UNILUZ.

Nazaré é uma comunidade onde as pessoas praticam todos os dias a convivência, a meditação, as artes, o pão, o servir.

Logo que chegamos para a primeira reunião entre os praticantes, tanto dos residentes como dos inscritos para nosso retiro, já se percebia a amorosidade e eficácia no tratamento e na atitude daqueles que nos proporcionariam durante todo o retiro tudo que fosse necessário para que nossa prática se tornasse a mais harmoniosa possível.

Depois dessa reunião inicial, silêncio. Três lindos dias de silêncio e zazen. Foi onde comecei a perceber que a própria vida pode tornar-se oração.

Revezamos-nos, Monge Yuho e eu nos trabalhos de jisha (assistente) de Coen Sensei, de shinrei, de tocar os sinos. Nunca antes tinha percebido com tanta intensidade a beleza dessas funções, a oportunidade maravilhosa que estas práticas proporcionam para servir a nossa Mestra Coen Sensei, àquelas pessoas tão abnegadas, convictas e determinadas a irem até o final do retiro, mesmo com seu corpo, mente, plexo, doendo e servirmos a nós mesmos.

No primeiro dia que fui shinrei (despertar os praticantes às 5h20m tocando um pequeno sino) pude sentir toda a energia do amanhecer, do despertar: como num renascimento contínuo cheio de alegria e gratidão. Despertar. Todos que ali estávamos. De quarto em quarto, de caminho em caminho, de uma construção a outra.

Coen Sensei com sua incrível rapidez sem pressa nenhuma, ali estava no raiar do dia para o Yoga, com todos nós, junto, presente, sempre, em todas as ocasiões. Fortalecendo cada coração, orientando a prática de todos, com sua presença estimulante e sincera.

Depois do Yoga, o primeiro zazen do dia, com dia clareando, os pássaros cantando, a vela e o incenso queimando. Silêncio. Alegria.

Uma enorme mesa para as refeições. Mãos em prece. Todos sentando juntos, comendo juntos, terminando juntos. Lavamos nossos pratos, xícaras, talheres. E a grande mesa em ordem outra vez para a próxima refeição.

Compartilhando com os residentes da Comunidade UNILUZ a meditação no jardim, em sua sala com vários círculos de almofadas, com a sanga em harmonia.

No toque do último sino, anunciando o último zazen do dia. Com o corpo cansado, mas o coração leve, hora de dormir até novamente a chegada do shinrei avisando que chegou a hora de despertar.

Choveu muito, fez sol, frio, calor, vento. Dentro e fora de nós. E nos tornamos por três dias o caminho. Tornamos-nos oração.

Quantas vezes pedimos aos Budas e Bodisatwas por nós, por nossa vida, por nossas resoluções de problemas difíceis. Fazemos oração todos os dias. Pedimos pela paz mundial, pela cessão do sofrimento, pela não violência.

Mas descobri nestes três dias de retiro e silêncio que podemos fazer de nossa vida a oração que fazemos, que podemos nos tornar oração e silêncio. O próprio servir.

*Texto extraído do site: http://www.monjacoen.com.br/inicio

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