A Associação Meditar é uma sociedade civil com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, não religiosa ou doutrinária. O primeiro núcleo surgiu em Porto Alegre-RS, e, atualmente, possui núcleos nas cidades de Santa Cruz do Sul, Lajeado, Novo Hambugo, Santa Maria, São Francisco de Paula, Capão da Canoa, Florianópolis, Chapecó e Cuiabá.

A Associação Meditar se propõe a: Difundir a prática da meditação; Congregar os praticantes da meditação; Coletar e divulgar os benefícios à saúde física e mental promovidos pela prática adequada da meditação; Criar, apoiar e promover a difusão de locais adequados para a prática de meditação (Núcleo ou Centros Meditar) no Brasil e no exterior; inclusive, com sedes rurais para abrigar seus membros em vida comunitária voltada à meditação, ao estudo, ao trabalho natural na terra, à contemplação da natureza.

Dedica-se a orientar a iniciação e o desenvolvimento das pessoas (empresa, escolas, associações) na meditação de forma clara, simples, objetiva e segura; Promover cursos, palestras, workshops, retiros e atividades voltadas à prática da meditação; Incentivar e promover a atitude mediativa, altruísta e pacífica, que implique na paz interna e externa, na não-violência, no respeito pela natureza, alimentação natural, bons valores humanos, no conhecimento e na sabedoria.

A Associação Meditar de Cuiabá se reúne sempre aos Sábados, às 08h00, no Espaço Ligia Prieto. Endereço: Rua Min.João Alberto, 137 – Araés - Cuiabá. Informações pelo tel. (65)3052-6634.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Poesia de Vinícius de Moraes


São Francisco

Lá vai São Francisco

Pelo caminho

De pé descalço

Tão pobrezinho

Dormindo à noite

Junto ao moinho

Bebendo a água

Do ribeirinho.

Lá vai São Francisco

De pé no chão

Levando nada

No seu surrão

Dizendo ao vento

Bom-dia, amigo

Dizendo ao fogo

Saúde, irmão.

Lá vai São Francisco

Pelo caminho

Levando ao colo

Jesuscristinho

Fazendo festa

No menininho

Contando histórias

Pros passarinhos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Palestar da Monja Coen Sensei na Amcham

 
Equipe, time, grupo, comunidade. A palavra não importa, o que vale é saber que abandonar a postura individualista é uma das formas mais eficientes de encontrar o equilíbrio no ambiente de trabalho. É o que ensina a monja zen budista Coen Sensei, missionária da tradição Soto Shu - Zen Budismo japonesa, para quem o sucesso da empresa e dos profissionais e fruto da colaboração.
 
"Quem quer sobreviver na corporação, precisa fazer amigos, porque [os colegas de trabalho] são pessoas com quem convivemos mais tempo do que com a própria família", defende ela. "O que ainda existe no nosso mundo corporativo é a competição, que causa muito desconforto e muito estresse. Somos times, equipes, e não um agregado de pessoas individualistas que se sobressaem umas às outras."
 
A monja Coen participou do comitê aberto de Secretariado Executivo, realizado na Amcham-São Paulo nesta quarta-feira (16/01), e conversou com a reportagem do site antes da palestra. O tema: como ampliar o horizonte corporativo. Para ela, a grande mudança visa a transformar o olhar individual para o pensamento sobre o "nós" e não somente sobre o "eu". "Se não sei me relacionar bem com a minha equipe, como é que ela vai funcionar?", questiona.
 

Mudança de vida

 
Nascida em São Paulo de uma família de não japoneses, Cláudia Dias de Souza, de 65 anos, foi ordenada monja em 1983 – quando foi batizada com o nome Coen. Ela fazia intercâmbio nos Estados Unidos quando passou a meditar frequentemente e buscar mais conhecimento sobre a filosofia zen. Nesta época, ela diz que abandonou um emprego de jornalista em São Paulo para virar secretária de um banco em Los Angeles (Estados Unidos). Daí vem sua experiência com o mundo corporativo.
 
Nos anos 1980, passou 12 anos no Convento Zen Budista de Nagoia (Japão), entre os quais esteve em uma ordem mendicante. De volta ao Brasil em 1995, ela foi a primeira mulher e primeira não japonesa a assumir a presidência da Federação de Seitas Budistas do Brasil. Em 2001, fundou o próprio templo, a Comunidade Zen Budista.
 
"O zen budismo serve para todos", explica ela. Na empresa, chefes e equipes poderiam aprender a se integrar mais, porque um depende do outro. "Não existe uma chefia sem subordinados. E estes, se não tiverem um bom líder, não vão funcionar. É como uma orquestra em que todo mundo tem que estar afinado", reflete.
 

Respiração e meditação

 
A monja diz que em momentos de estresse no trabalho, se não dá para superar todas as situações adversas, é possível ao menos controlar as reações de raiva, cansaço e irritação. "A reação é algo que sai quase naturalmente. Trabalhar o emocional permite transformar o que seria a raiva em compaixão, em compreensão", analisa.
 
O trabalho é baseado na respiração, diz. "A coisa mais simples que existe é perceber que todas as nossas emoções passam por um processo respiratório. Ao controlar a respiração, é possível ver quando algo nos tira do sério. Em vez de surtar e criar uma situação desagradável à equipe, observe como está a respiração e trabalhe para que ela esteja equilibrada."
 
"Não é fácil! Muitas pessoas nos tiram desse centro de equilíbrio, mas é preciso encontrá-lo novamente", diz. "Perceba que quando temos tristezas ficamos com o corpo arqueado. Quando ficamos com raiva, o diafragma fica contraído e a respiração, presa."
 
A lição prática, seguida pela plateia do comitê, consiste em sentar-se com a coluna ereta, com os ossos do quadril no meio da cadeira. Mãos sobrepostas sobre o colo e cabeça erguida, a respiração deve ser lenta de forma a preencher todo o pulmão e, ao soltá-la, esvaziar o peito quase por completo. O pensamento deve buscar sentir o ar preencher o corpo e renovar a energia. Depois do exercício, se o corpo ainda não tiver voltado ao estado de tranquilidade, pelo menos o estresse vai estar mais distante.
 
Extraído do site: http://www.monjacoen.com.br/

Os 14 Treinamentos da Mente Atenta ou Atenção Plena


Por Thich Nhat Hanh

Os Quatorze Treinamentos da Atenção Plena são a própria essência da Ordem do Interser. Eles são a luz da tocha em nosso caminho, o barco que nos leva, o mestre que nos guia. Eles nos permitem tocar a natureza de interser em tudo o que é, e ver que a nossa felicidade não está separada da felicidade dos outros. Interser não é uma teoria, é uma realidade que pode ser diretamente experimentado por cada um de nós a qualquer momento. Os Quatorze Treinamentos da Atenção Plena nos ajuda a cultivar a concentração e o insight que nos liberta do medo e da ilusão de um eu separado.

O Primeiro Treinamento da Atenção Plena: Abertura

Conscientes do sofrimento criado pelo fanatismo e intolerância, nós nos determinamos a não idolatrarmos ou nos apegarmos a nenhum doutrina, teoria ou ideologia, nem mesmo às budistas. Somos comprometidos a ver os ensinamentos Budistas como meios de guia que nos ajudam a aprender a olhar profundamente e a desenvolver compreensão e compaixão. Não são doutrinas pelas quais se deve combater, matar ou morrer. Entendemos que o fanatismo em suas várias formas é o resultado de perceber as coisas de uma maneira dualista e discriminativa. Nos treinaremos a olhar para tudo com abertura e o insight do interser para transformar o dogmatismo e a violência em nós mesmos e no mundo.

O Segundo Treinamento da Atenção Plena: Desapego a Opiniões

Conscientes do sofrimento criado pelo apego a opiniões e percepções erradas, estamos determinados a evitar sermos tacanhos e atados às opiniões que temos hoje. Somos comprometidos a aprender e a praticar o desapego das visões e a ser abertos para as percepções e as experiências dos outros para que possamos nos beneficiar da sabedoria coletiva. O insight é revelado através da prática de ouvir compassivamente, olhar profundamente e soltar as noções ao invés de acumular conhecimento intelectual. Temos ciência que o conhecimento que temos neste momento não é imutável nem a verdade absoluta. A verdade é encontrada na vida, e nós observaremos a vida dentro de nós e ao nosso redor em cada momento, prontos a aprender ao longo de nossas vidas.

O Terceiro Treinamento da Atenção Plena: Liberdade de Pensamento

Cientes do sofrimento trazido quando impomos nossa visão aos outros, estamos determinados a não forçar outros, nem mesmo nossos filhos, seja por que maneira for — tais como autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda ou doutrinamento — a adotar nossas visões. Estamos comprometidos a respeitar os direitos dos outros de serem diferentes, de escolherem em que acreditar e como decidir. Entretanto, iremos aprender a ajudar os outros a se desapegar e transformar a visão limitada por meio de um discurso amoroso e um diálogo compassivo.

O Quarto Treinamento da Atenção Plena: Consciência do Sofrimento

Cientes de que olhar profundamente para nosso próprio sofrimento pode nos ajudar a cultivar entendimento e compaixão, estamos determinados a voltar para nossa própria casa, a reconhecer, aceitar, abraçar e ouvir nosso próprio sofrimento com a energia da atenção plena. Faremos nosso melhor para não fugirmos de nosso próprio sofrimento ou encobri-lo através do consumo mas sim praticar a respiração e a caminhada conscientes, para observar profundamente as raízes do nosso sofrimento. Sabemos que só podemos encontrar o caminho para a transformação do sofrimento quando entendemos as raízes de sofrimento. Uma vez que entendamos as raízes do nosso próprio sofrimento, seremos capazes de entender o sofrimento dos outros. Estamos comprometidos a encontrar maneiras, incluindo contato pessoal ou usando telefone, meios eletrônicos, audiovisuais e outros para estarmos com aqueles que sofrem, para que possamos ajudá-los a transformar seus sofrimentos em compaixão, paz e alegria.

O Quinto Treinamento da Atenção Plena: Viver com Saúde e Compaixão

Cientes de que a felicidade está enraizada na paz, solidariedade, liberdade e compaixão, estamos determinados a não acumular patrimônio enquanto milhões estão com fome ou morrendo, nem ter como objetivo de nossas vidas a fama, o lucro, a riqueza ou o prazer sensual, que pode trazer muito sofrimento e desespero. Praticaremos o olhar profundo no modo como nutrimos nosso corpo e nossa mente com alimentos saudáveis, impressões dos sentidos, vontade e consciência. Estamos comprometidos a não apostar ou usar álcool, drogas ou quaisquer outros produtos que tragam toxinas para o nosso corpo ou para o corpo coletivo e à consciência tais como certos websites, jogos eletrônicos, programas de TV, filmes, revistas, livros e conversas. Vamos consumir de um modo que preserve a compaixão, a paz, a alegria, o bem estar em nossos corpos e consciências e nos corpos de consciências de nossas famílias, nossa sociedade e a Terra.

O Sexto Treinamento da Atenção Plena: Cuidando da Raiva

Cientes de que a raiva bloqueia a comunicação e cria sofrimento; estamos comprometidos a cuidar de nossa energia de raiva quando ela aparece, a reconhecer e a transformar as sementes da raiva que repousam profundamente em nossas consciências. Quando a raiva se manifestar, estamos determinados a não fazer ou dizer nada, mas praticar a respiração consciente ou a caminhada consciente para reconhecer, abraçar e olhar profundamente para nossa raiva. Sabemos que as raízes da raiva não estão fora de nós mesmos mas que podem ser encontradas em nossas percepções erradas e falta de entendimento do sofrimento em nós mesmos e na outra pessoa. Ao contemplar a impermanência, seremos capazes de olhar com os olhos da compaixão para nós mesmos e para aqueles que pensamos ser as causas da nossa raiva, e reconhecer a preciosidade de nossos relacionamentos. Praticaremos a Correta Diligência para nutrir nossa capacidade de entendimento, amor, alegria e inclusão, gradualmente transformando nossa raiva, violência, medo e ajudando os outros a fazerem o mesmo.

O Sétimo Treinamento da Atenção Plena: Vivendo Felizes no Momento Presente

Cientes de que a vida está disponível apenas no momento presente, estamos comprometidos a treinar a nós mesmos para viver profundamente cada momento da vida diária. Tentaremos não nos perder na dispersão ou ser carregados por arrependimentos do passado, preocupações sobre o futuro, vicios, raiva ou inveja no presente. Praticaremos a atenção plena à respiração para estarmos conscientes do que está acontecendo aqui e agora. Estamos determinados a aprender a arte da vida consciente tocando elementos novos, curativos e maravilhosos que estão dentro de nós e ao nosso redor, em todas as situações. Assim, seremos capazes de cultivar as sementes da alegria, da paz, do amor, e do entendimento em nós mesmos, facilitando assim o trabalho de transformação e cura da nossa consciência. Estamos cientes de que a felicidade depende primariamente da nossa atitude mental e não de condições externas, e que podemos viver felizes no momento presente simplesmente lembrando de que já temos condições mais do que suficientes para sermos felizes.

O Oitavo Treinamento da Atenção Plena: Comunidade e Comunicação Verdadeiras

Cientes de que a falta de comunicação sempre traz separação e sofrimento, estamos comprometidos a treinar a prática de ouvir compassivamente e de falar amorosamente. Sabendo que a comunidade verdadeira está fundamentada na inclusão e na prática concreta da harmonia de visões, pensamento e fala, praticaremos o compartilhamento do nosso entendimento e de nossas experiências com os integrantes da nossa comunidade para chegarmos a um insight coletivo. Estamos determinados a aprender a ouvir profundamente sem julgar ou reagir, e a conter palavras que possam criar discórdia ou causar o rompimento da comunidade. Quando as dificuldades surgirem, vamos nos manter em nossa Sanga e praticar o olhar profundo a nós mesmos e ao outro para reconhecermos todas as causas e condições, incluindo nossas próprias energias do hábito, que trouxeram as dificuldades. Assumiremos a responsabilidade por todas as maneiras pelas quais podemos ter contribuído para o conflito e manteremos a comunicação aberta. Não nos comportaremos como vítimas mas seremos ativos na busca de maneiras para reconciliar e resolver todos os conflitos, mesmos os pequenos.

O Nono Treinamento da Atenção Plena: Fala Verdadeira e Amorosa

Cientes de que as palavras podem criar felicidade ou sofrimento, estamos comprometidos a aprender a falar sincera, amorosa e construtivamente. Usaremos apenas palavras que inspirem alegria, confiança e esperança assim como as que promovam reconciliação e paz, em nós mesmos e entre as pessoas. Falaremos e ouviremos de uma maneira que possa nos ajudar e ajudar os outros a transformar o sofrimento e ver uma maneira de sair de situações difíceis. Estamos determinados e não dizer inverdades por interesse pessoal ou para impressionar as pessoas, nem proferir palavras que possam causar divisão ou ódio. Protegeremos a alegria e a harmonia de nossa Sanga contendo a fala sobre defeitos de outras pessoas em sua ausência e sempre nos questionando se nossas percepções estão corretas. Falaremos apenas com a intenção de entender e ajudar a transformar a situação. Não espalharemos rumores nem criticaremos ou condenaremos coisas sobre as quais não temos certeza. Daremos nosso melhor para denunciar situações de injustiça, mesmo em situações que possam nos trazer dificuldades ou ameaçar nossa segurança.

O Décimo Treinamento da Atenção Plena: Protegendo e Nutrindo a Sangha

Cientes de que a essência e o objetivo de uma Sanga é a prática do entendimento e da compaixão, estamos determinados a não usar a comunidade budista para o poder ou lucro pessoal ou para transformar nossa comunidade em um instrumento político. Entretanto, como membros de uma comunidade espiritual, devemos nos posicionar claramente contra a opressão e a injustiça. Devemos nos esforçar para mudar a situação, sem tomar partido em um conflito. Estamos comprometidos a olhar com os olhos do “interser” e aprender a ver a nós mesmos e os outros como células de um corpo de Sanga. Como uma verdadeira célula num corpo de Sanga, gerando atenção plena, concentração e insight para nutrir a nós mesmos e à comunidade inteira, cada um de nós é ao mesmo tempo uma célula no corpo do Buda. Promoveremos ativamente a fraternidade, fluida como um rio, e praticaremos o desenvolvimento dos três poderes reais – amor, compreensão e a superação das aflições – para realizar o despertar coletivo.

O Décimo Primeiro Treinamento da Atenção Plena: Vida Correta

Cientes de que grandes violências e injustiças têm sido feitas ao nosso meio-ambiente e sociedade, estamos comprometidos a não viver com uma vocação que é prejudicial aos humanos ou à natureza. Daremos nosso melhor para escolher um estilo de vida que contribua para o bem-estar de todas as espécies na Terra e ajude a realizar nosso ideal de compreensão e compaixão. Cientes das realidades econômicas, políticas e sociais em todo o mundo, assim como de nossas inter-relações com o ecossistema, estamos determinados a nos comportar responsavelmente como consumidores e cidadãos. Não investiremos nem compraremos de empresas que contribuam para o esgotamento dos nossos recursos naturais, que prejudiquem a Terra ou que privem os outros de uma chance de viver.

O Décimo Segundo Treinamento da Atenção Plena: Reverência pela Vida

Cientes de que muito sofrimento é causado pela guerra e conflito, estamos determinados a cultivar a não-violência, a compaixão e o insight do interser em nossas vidas diárias, e a promover a paz, a educação, a meditação da atenção plena, e reconciliação em nossos famílias, comunidades, grupos étnicos e religiosos, nações e no mundo. Estamos comprometidos a não matar e a não deixar que outros matem. Não apoiaremos nenhum ato de matança no mundo, em nosso pensamento ou em nosso modo de vida. Praticaremos diligentemente o olhar profundo para nossa Sanga para descobrir melhores maneiras de proteger a vida, prevenir a guerra e construir a paz.

O Décimo Terceiro Treinamento da Atenção Plena: Generosidade

Cientes do sofrimento causado pela exploração, injustiça social, roubo e opressão, estamos comprometidos a cultivar a generosidade em nossa maneira de pensar, falar e agir. Aprenderemos melhores maneiras de trabalhar pelo bem-estar das pessoas, animais, plantas e minerais e praticar a generosidade compartilhando nosso tempo, energia e recursos materiais com aqueles que necessitam. Estamos determinados a não roubar e não possuir nada que deveria pertencer a outros. Respeitaremos a propriedade dos outros, mas tentaremos evitar que lucrem com o sofrimento humano e com o sofrimento de outros seres.

O Décimo Quarto Treinamento da Atenção Plena: Conduta Correta

Cientes de que o desejo sexual não é amor e que relações sexuais motivadas por desejo não podem dissipar o sentimento de solidão mas que criam mais sofrimento, frustração e isolamento, estamos determinados a não nos empenharmos em relações sexuais sem mútuo entendimento, amor e um compromisso profundo de longo termo feito com nossas famílias e amigos. Vendo que o corpo e a mente são um, estamos comprometidos a aprender as maneiras apropriadas para cuidar de nossa energia sexual e cultivar a bondade amorosa, compaixão, alegria e inclusão para nossa própria felicidade e felicidade dos outros. Precisamos estar atentos ao sofrimento futuro que pode ser causado por relações sexuais. Sabemos que para preservar a nossa própria felicidade e a dos outros, precisamos respeitar os direitos e compromissos conosco e com os outros. Faremos tudo que pudermos para proteger as crianças de abusos sexuais e para proteger os casais e famílias de perderem-se em má conduta sexual. Trataremos nossos corpos com compaixão e respeito. Estamos determinados a olhar profundamente dentro dos Quatro Nutrimentos e a aprender maneiras de preservar e canalizar nossas energias vitais (sexual, respiração, espírito) para a realização de nosso ideal bodisatva. Seremos totalmente conscientes da responsabilidade de trazer novas vidas a este mundo e meditaremos sobre seus ambientes futuros.