A Associação Meditar é uma sociedade civil com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, não religiosa ou doutrinária. O primeiro núcleo surgiu em Porto Alegre-RS, e, atualmente, possui núcleos nas cidades de Santa Cruz do Sul, Lajeado, Novo Hambugo, Santa Maria, São Francisco de Paula, Capão da Canoa, Florianópolis, Chapecó e Cuiabá.

A Associação Meditar se propõe a: Difundir a prática da meditação; Congregar os praticantes da meditação; Coletar e divulgar os benefícios à saúde física e mental promovidos pela prática adequada da meditação; Criar, apoiar e promover a difusão de locais adequados para a prática de meditação (Núcleo ou Centros Meditar) no Brasil e no exterior; inclusive, com sedes rurais para abrigar seus membros em vida comunitária voltada à meditação, ao estudo, ao trabalho natural na terra, à contemplação da natureza.

Dedica-se a orientar a iniciação e o desenvolvimento das pessoas (empresa, escolas, associações) na meditação de forma clara, simples, objetiva e segura; Promover cursos, palestras, workshops, retiros e atividades voltadas à prática da meditação; Incentivar e promover a atitude mediativa, altruísta e pacífica, que implique na paz interna e externa, na não-violência, no respeito pela natureza, alimentação natural, bons valores humanos, no conhecimento e na sabedoria.

A Associação Meditar de Cuiabá se reúne sempre aos Sábados, às 08h00, no Espaço Ligia Prieto. Endereço: Rua Min.João Alberto, 137 – Araés - Cuiabá. Informações pelo tel. (65)3052-6634.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Poesia



Se...

Se, ao final desta existência,
alguma ansiedade me restar
e conseguir me perturbar;
se eu me debater aflito
no conflito, na discórdia…

Se ainda ocultar verdades
para ocultar-me,
para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…

Se restar abatimento e revolta
pelo que não consegui
possuir, fazer, dizer e mesmo ser…

Se eu retiver um pouco mais
do pouco que é necessário
e persistir indiferente ao grande pranto do mundo…

Se algum ressentimento,
algum ferimento
impedir-me do imenso alí¬vio
que é o irrestritamente perdoar,
e, mais ainda,
se ainda não souber sinceramente orar
por quem me agrediu e injustiçou…

Se continuar a mediocremente
denunciar o cisco no olho do outro
sem conseguir vencer a treva e a trave
em meu próprio…

Se seguir protestando
reclamando, contestando,
exigindo que o mundo mude
sem qualquer esforço para mudar eu…

Se, indigente da incondicional alegria interior,
em queixas, ais, e lamúrias,
persistir a buscar consolo, conforto, simpatia
para a minha ainda imperiosa angústia…

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medí¬ocres que o mundo vende…

Se insistir ainda que o mundo silencie
para que possa embeber-me de silêncio,
sem saber realizá-lo em mim…

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construí¬das com os materiais
grosseiros e frágeis
que o mundo empresta,
e eu neles ainda acredito…
apagar

Se, imprudente e cegamente,
continuar desejando
adquirir,
multiplicar,
e reter
valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
na ânsia de ser feliz…

Se, ainda presa do grande embuste,
insistir e persistir iludido
com a importância que me dou…

Se, ao fim de meus dias,
continuar
sem escutar, sem entender, sem atender,
sem realizar o Cristo, que,
dentro de mim,
Eu sou,
terei me perdido na multidão abortada
dos perdulários dos divinos talentos,
os talentos que a Vida
a todos confia,
e serei um fraco a mais,
um traidor da própria vida,
da Vida que investe em mim,
que de mim espera
e que se vê frustrada
diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
terei parasitado a vida
e inutilmente ocupado
o tempo
e o espaço
de Deus.
Terei meramente sido vencido
pelo fim,
sem ter atingido a Meta.
(Autor: José Hermógenes)

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