3º ENCONTRO Islamismo – Subserviência rigorosa a Deus
Uma religião rigorosa na subserviência a Deus. Assim o sheikh egípcio Amer Hikal mostrou o Islamismo, numa palestra em árabe, sendo traduzido pelo cirurgião dentista muçulmano, brasileiro, que trabalha em Cuiabá, Omar Hussein Hallak, no terceiro encontro do videofórum “As religiões do mundo e a ética global”.
O videofórum, organizado pelo Centro Burnier Fé e Justiça (CBFJ), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e os movimentos Círculo da Paz e Um Grito pela Paz, está exibindo documentários sobre as religiões do mundo, seguidas de debate, desde 6 de maio, sempre às quintas-feiras, no colégio CIN, com entrada aberta. Os documentários são do teólogo alemão Hans Küng e fazem parte de uma campanha internacional pela paz. O teólogo acredita que só haverá paz no mundo através do diálogo entre as religiões. O próximo documentário será sobre Religiões Chinesas, dia 27 de maio. Debatedor: Luiz Augusto Passos.
O egípcio Amer Hikal é o líder islamita em Mato Grosso. Segundo ele, a regra geral do islamismo é seguir a riscas o Alcorão, livro sagrado do Islamismo, herança do profeta Maomé ou, conforme correção feita na palestra, profeta Mohamed. “É seguir as regras ou não a pessoa não é muçulmana”.
A ameaça do inferno está presente em várias falas do líder, ou seja, ir para o inferno como punição para os que não cumprem as verdadeiras leis de Deus que constam no Alcorão.
Além disso, ele destacou ainda que o Estado, nas principais regiões muçulmanas, é teocrático. “Quem governa é Deus. E tudo mais quem faz é Deus. Nós somos instrumentos apenas. Por exemplo, Deus iluminou vocês a fazerem essa palestra aqui hoje, mas quem fez esse evento foi Deus”.
Além disso, ele destacou ainda que o Estado, nas principais regiões muçulmanas, é teocrático. “Quem governa é Deus. E tudo mais quem faz é Deus. Nós somos instrumentos apenas. Por exemplo, Deus iluminou vocês a fazerem essa palestra aqui hoje, mas quem fez esse evento foi Deus”.
Sobre a associação do Islã com o terrorismo, o sheikh destacou que fazer guerra ou mesmo guerra santa não é um dos cinco pilares do Islã e quem fez guerra santa foi a Igreja Católica. Os cinco pilares que constam no Alcorão - aponta ele - são dar o testemunho, orar, fazer caridade, jejuar e peregrinar à Meca, que é o “coração do Islamismo”. Sobre os grupos extremistas, considerados terroristas, como por exemplo o ETA (separatistas bascos), o Hizbolhah (libanês), o Hamas (palestino) e o talibã (movimento afegão), ele disse que não são essencialmente muçulmanos, embora haja muçulmanos envolvidos. Todos esses movimentos são tratados como sendo de resistência islâmica. Porém, coisa que poucas pessoas sabem é que, além do braço armado, alguns deles têm também fortes ações sociais e políticas, além, é claro, da religiosa. O sheikh questionou ainda como pode ser de guerra uma religião cujo nome vem de palavra “Salam”, que significa paz?
Sobre o diálogo com outras crenças, o líder islâmico informou que no Alcorão não há restrição às outras religiões. Ele avisou que o profeta Maomé ou Mohamed previu que o Judaísmo irá se dividir em 71 grupos; o Cristianismo em 72; e o Islã, em 73, mas apenas um grupo irá resistir, e este será o dono da verdade espiritual de Deus.
Uma das 73 divisões do islã é justamente os sufismo, corrente mística e contemplativa, que usa música, cânticos e danças na aproximação com o divino. Formas proibitivas, que, para o islamismo conservador e tradicional, exibem a sexualidade e tiram o foco do islã.
A mulher no islã também é uma questão que toca nos direitos humanos internacionais. O sheikh, no entanto, garantiu que há igualdade entre homens e mulheres muçulmanas. E que ambos são subservientes sim, mas a Deus. O lenço na cabeça, obrigação feminina, não se trata, segundo eles, de julgo perante a sociedade machista, mas sim ao criador. Ele disse que as mulheres no Islã votaram pela primeira vez em 1342 e que isso denota essa igualdade de gênero. Questionado então por que as mulheres não freqüentam as mesquistas nos mesmos locais que os homens, não houve resposta. Mas é para não distrair da oração. Também não houve resposta para uma pergunta que desafia o Islã no mundo contemporâneo. A miss Mundo é norte-americana e se diz muçulmana. No entanto, desfilou de maiô e seus sonhos atendem à lógica da estética física, já que deseja ser a mulher mais bonita do planeta. Pergunta que também ficou sem resposta.
O sheikh afirmou que o Islamismo é a religião que mais cresce no mundo. São de 15% a 16% fiéis a mais por ano. Marca de um projeto espiritual que arregimenta 1 bilhão e 500 milhões, que não vacila em seus rigorosos propósitos.
É claro que uma noite só não dá contra de dirimir todas as dúvidas sobre essa controversa religião, culturalmente bastante distante do Brasil, onde existem somente 30 mil seguidores. O sheikh convidou a todos e todas para uma visita à mesquista de Cuiabá, onde poderá esclarecer mais sobre o Islamismo.
Mais informações: (65) 3023-2959.
Keka Werneck, da Assessoria de Imprensa do Centro Burnier Fé e Jusiça
(65) 9922-9445.
Keka Werneck, da Assessoria de Imprensa do Centro Burnier Fé e Jusiça
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